Ser ou não ser piruá?

"[...] algo assim como comparar pessoas a pipocas [...]
Pesquisando sobre o tema, descobri que o milho que não estoura se chama piruá. Sabe aquele milho que sobra na panela e se recusa a virar um floquinho branco, macio e alegre? Piruá. E aí tenho que concordar com o escritor Rubem Alves, que já escreveu sobre o assunto: tem muita gente piruá neste planeta. Gente que não reage ao calor, que não desabrocha. Fica ali, duro, triste e inútil pro resto da vida. Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor. Não vira pipoca, mantém-se piruá. E um piruá emburrado, que reclama que nada lhe acontece de bom. Pois é. Perdeu a chance de entregar-se ao fogo, tentou se preservar, danou-se."
(Crônica: Pipocas Pg. 81 - Doidas e Santas - Martha Medeiros)

Em uma tarde chuvosa de um domingo, resolvo ir na livraria cultura, vejo o tão comentado livro da Martha Medeiros, me identifico logo de cara com o primeiro conto, vício triste (ou não) este, comprei o livro, me deparei a uns dias atrás com a Crônica: Pipocas, já havia lido o livro uma vez na segunda me identifiquei com o techo acima citado. Vejam bem, meu maior medo era virar um piruá, não desabrochar, não viver a vida tão intensamente, não aproveitar tudo que posso. Eis que chega o dia que viro uma pipoquinha! Pois é, resolvi desabrochar, talvez agora as pessoas parem de me julgar errado como sempre, talvez eu seja mais feliz assim. Hei?! Já estou mais feliz assim! Cansei de ser a menina que se escondia atrás de um sorriso e confesso, só agora sei o que é ser feliz MESMO! Não quero perder essa felicidade e essa vontade de viver nunca mais, ela estava me fazendo falta.
E agora se perguntem, vocês também querem ser um piruá? Eu já fiz minha escolha.

Fico por aqui hoje, to com preguiça e minha criatividade já se esgotou, haha. Boa semana!!

O futuro já começou.

E quem diria que com um final de 2010 tão conturbado, 2011 veio para apagar todas as coisas ruins! É verdade, não imaginava que tudo pudesse mudar da noite pro dia, que conseguisse superar as perdas, mas em 2010 cresci, amadureci, mudei minha forma de pensar, dei mais valor ainda a vida, a liberdade, ao amor próprio (quem diria eu falando em amor próprio). Tive péssimas experiências, descobri que não importa o quanto tu ame alguém tu tem que deixar essa pessoa quando ela passa a te machucar com palavras, gestos e atitudes. Fortaleci as amizades que se afastaram, ganhei muito colo, muito abraço, muito carinho de quem jamais imaginava que fosse estar do meu lado. Hoje sei o quando é difícil ser mãe, porque vi minha mãe chorando quando eu estava deitada em uma cama de hospital na emergência rezando para que Deus não levasse mais uma filha, vi que tenho as pessoas certas do meu lado, aqueles que me apoiaram na situação mais difícil e falaram “Eu estou contigo!”, aniquilei, sim aniquilei muitas pessoas da minha vida, pessoas que me machucavam, não me faziam crescer como pessoa, entende?!
2010, você me deu uma rasteira no final, mas te agradeço muito, só assim vi o quanto é bom viver e ser livre, obrigada! 2011, só te peço que humilhe 2010 como já estás fazendo, me traga mais coisas boas que ruins, mais alegrias, mais tatuagens (hehe), mais amor ou melhor, muito amor (é tudo que nós precisamos), pessoas que me façam crescer, um pouco de tudo que há de bom e tudo de perfeito a quem esteja a minha volta e que realmente faça a diferença. Peço que não me deixe desacreditar que as pessoas podem sim ser boas, que as atitudes muitas vezes são sem pensar. Enfim, 2011 seja FODA e que seja assim para TODOS!