11 de jan. de 2011

Ser ou não ser piruá?

"[...] algo assim como comparar pessoas a pipocas [...]
Pesquisando sobre o tema, descobri que o milho que não estoura se chama piruá. Sabe aquele milho que sobra na panela e se recusa a virar um floquinho branco, macio e alegre? Piruá. E aí tenho que concordar com o escritor Rubem Alves, que já escreveu sobre o assunto: tem muita gente piruá neste planeta. Gente que não reage ao calor, que não desabrocha. Fica ali, duro, triste e inútil pro resto da vida. Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor. Não vira pipoca, mantém-se piruá. E um piruá emburrado, que reclama que nada lhe acontece de bom. Pois é. Perdeu a chance de entregar-se ao fogo, tentou se preservar, danou-se."
(Crônica: Pipocas Pg. 81 - Doidas e Santas - Martha Medeiros)

Em uma tarde chuvosa de um domingo, resolvo ir na livraria cultura, vejo o tão comentado livro da Martha Medeiros, me identifico logo de cara com o primeiro conto, vício triste (ou não) este, comprei o livro, me deparei a uns dias atrás com a Crônica: Pipocas, já havia lido o livro uma vez na segunda me identifiquei com o techo acima citado. Vejam bem, meu maior medo era virar um piruá, não desabrochar, não viver a vida tão intensamente, não aproveitar tudo que posso. Eis que chega o dia que viro uma pipoquinha! Pois é, resolvi desabrochar, talvez agora as pessoas parem de me julgar errado como sempre, talvez eu seja mais feliz assim. Hei?! Já estou mais feliz assim! Cansei de ser a menina que se escondia atrás de um sorriso e confesso, só agora sei o que é ser feliz MESMO! Não quero perder essa felicidade e essa vontade de viver nunca mais, ela estava me fazendo falta.
E agora se perguntem, vocês também querem ser um piruá? Eu já fiz minha escolha.

Fico por aqui hoje, to com preguiça e minha criatividade já se esgotou, haha. Boa semana!!

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